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Espiramicina
- Classe: Macrolídeo
- Nomes comerciais: Rovamicina
- Apresentação:
- Comprimidos de 500 mg (1.500.000 UI)
- Comprimidos de 1,5 milhões de UI (equivalente a 500mg)
- Comprimidos de 3 milhões de UI (equivalente a 1g)
- Nota: 1mg = 3.000 UI
- Indicações:
- Toxoplasmose gestacional (principal indicação)
- Profilaxia da toxoplasmose congênita
- Infecções do trato respiratório (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Haemophilus)
- Infecções por estreptococos e enterococos (alternativa às penicilinas em alérgicos)
- Infecções otorrinolaringológicas
- Infecções broncopulmonares
- Infecções de pele e tecidos moles (piodermites)
- Infecções genitais (incluindo prostáticas)
- Infecções ósseas
- Infecções estomatológicas (cavidade bucal)
- Profilaxia de meningite meningocócica
- Quimioprofilaxia de recaída de Febre Reumática em pacientes alérgicos à penicilina
- Espectro: cocos Gram-positivos (estreptococos, estafilococos), alguns Gram-negativos (meningococo, gonococo, Haemophilus), bactérias atípicas (Mycoplasma, Chlamydia, Legionella), espiroquetas e Toxoplasma gondii
- Reconstituição, diluição e administração:
- Via oral: Administrar com líquido, com ou sem alimentos
- Não há necessidade de reconstituição ou diluição para via oral
- Absorção rápida, mas incompleta
- Não alterada pela ingestão de alimentos
- Prescrição prática: (adulto 60kg)
- Toxoplasmose gestacional:
Espiramicina 500mg (1.500.000 UI) – Tomar 02 comprimidos, VO, de 8/8h (total 3g/dia ou 9.000.000 UI/dia)
- Infecções em geral:
Espiramicina 500mg (1.500.000 UI) – Tomar 02 a 03 comprimidos, VO, de 12/12h ou de 8/8h
- Dose padrão: 4 a 6 comprimidos ao dia (2g a 3g/dia), divididos em 2 ou 3 administrações
- Contraindicações:
- Hipersensibilidade à espiramicina ou outros macrolídeos
- Uso concomitante com medicamentos que prolongam intervalo QT (deve ser usado com cautela)
- Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (risco de hemólise aguda)
- Cuidados:
- Ajuste de dose na insuficiência renal: Não é necessário ajuste
- Ajuste de dose na insuficiência hepática: Usar com cautela, principalmente em insuficiência grave
- Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal/epigástrica, reações cutâneas, prolongamento do intervalo QT (raro), hemólise aguda em pacientes com deficiência de G6PD
- Hepatotoxicidade em doses elevadas e/ou uso prolongado
- Classe na gestação: C (uso aceito para toxoplasmose gestacional sob orientação médica)
- Lactação: É excretada no leite materno, uso não recomendado em lactantes
- Farmacocinética: meia-vida de aproximadamente 8,7 horas, eliminação principalmente biliar (15 a 40 vezes superiores às concentrações séricas), apenas 10% excretado na urina
- Boa distribuição tecidual (pulmões, fígado, rins, pele, tecidos moles)
- Atravessa a barreira placentária
- Mecanismo de ação: Bacteriostático, inibe síntese proteica bacteriana por ligação à subunidade 50S do ribossomo
- Interações medicamentosas: Pode interagir com levodopa/carbidopa, antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos
- Monitorar pacientes para possíveis alterações eletrolíticas (hipocalemia, hipomagnesemia)
- Alternativa à eritromicina em pacientes com intolerância gastrointestinal ou em uso de teofilina ou ciclosporina
- Padronizado pelo Ministério da Saúde (RENAME) para toxoplasmose gestacional via Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF)